Patrimônio gastronômico:
o reconhecimento da alimentação como um patrimônio cultural imaterial
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v11i2.1813Palavras-chave:
patrimônio cultural imaterial; alimentação; democracia cultural.Resumo
Este ensaio apresenta uma reflexão teórica sobre os desafios do reconhecimento do patrimônio gastronômico (e da alimentação, em seu aspecto cultural) como um patrimônio imaterial. Para esse fim, busca realizar uma revisão conceitual de temas como alimentação, culinária e gastronomia por meio de um estudo qualitativo e teórico, bibliográfico e documental, identificando que o patrimônio alimentar está abrigado pela definição de patrimônio cultural, especialmente no Brasil, após a constitucionalização do patrimônio cultural pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 216, contudo o caminho para o reconhecimento passa pela institucionalização de órgãos e de autarquias competentes como a Unesco e o IPHAN. Considerou-se que o patrimônio gastronômico pode desempenhar diferentes funções e ser um importante aliado para o fortalecimento da identidade e da diversidade dos grupos e das comunidades, desvelando uma democracia cultural.