A voz que escapa e a fala que captura: ecos do acontecimento black bloc em junho de 2013 no enfoque da imaterialidade do patrimônio
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v11i1.909Palavras-chave:
patrimônio; voz; fala; acontecimento; black blocResumo
O objetivo deste artigo foi refletir sobre a imaterialidade do patrimônio com base na noção de voz por meio do acontecimento black bloc, em junho de 2013, tendo como referencial teórico Gilles Deleuze, Félix Guattari e Jacques Lacan. A noção de voz diferencia-se da de fala, da de linguagem e da dos dispositivos de captura do sujeito. A voz desestrutura a fala que integra os discursos, entre eles o da mídia corporativa, que criminaliza a ação de manifestantes que elegem patrimônios materiais como alvo. As práticas que colocam em xeque a ordem estabelecida são aberturas para novos sentidos sobre o espaço urbano e os processos de subjetivação. Matérias e vídeos sobre protestos de junho de 2013 foram fontes para a reflexão. Considerou-se que os protestos com ações em edificações evidenciam a importância do enfoque na imaterialidade do patrimônio.