Memória, ficção e trabalho de luto em La casa de los conejos
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v4i2.455Palavras-chave:
ditadura argentina; autoficcção; Laura Alcoba; luto; trabalho de memória.Resumo
Buscamos analisar o romance La casa de los conejos, da escritora argentina Laura Alcoba, partindo das relações entre luto e escrita. Para isso, procuramos ver a publicação no contexto argentino das políticas de memória. Por meio de uma narrativa autoficcional em primeira pessoa, a autora relata suas experiências da época em que viveu com a sua mãe e um casal de ativistas políticos na casa de impressão clandestina do jornal revolucionário Evita Montonera. Misturando relatos alheios, documentos históricos e fragmentos de suas lembranças da infância, Laura Alcoba revisita e ressignifica as violências das quais foi testemunha nos anos de ditadura militar, tentando, com esse processo, ressignificar também as funções da ficção no romance e seus impactos no resgate da identidade operado discursivamente.