A invenção de um discurso de patrimônio na cidade de Joinville (SC): políticas públicas na construção de unidades de interesse de preservação – UIP
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v6i1.311Palavras-chave:
patrimônio cultural; políticas públicas; tombamento; unidade de interesse de preservação; Joinville.Resumo
O objetivo deste trabalho é trazer ao debate acadêmico-científico o tema das incongruências legais das unidades de interesse de preservação (UIPs) relacionado ao campo do patrimônio na cidade de Joinville. Essas incongruências legais, que tratam da legalidade e legitimidade de tais unidades, apresentam elementos para serem analisados dentro das políticas públicas municipais como um discurso de preservação patrimonial. Este estudo é parte integrante de tese de doutorado cursado no Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que vem sendo orientada pelas professoras Dras. Maria Bernardete Ramos Flores e Alicia Norma Castells. A pesquisa de doutoramento tem o condão de analisar os (des)caminhos das políticas públicas de preservação do patrimônio cultural de Joinville. O recorte dado para este artigo seria o debate sobre a permanência da existência e do uso de uma lista de bens cadastrados como de interesse de preservação cultural para a cidade. Tal lista foi criada antes do primeiro tombamento em âmbito municipal, por isso a sua peculiaridade e interesse em ser estudada. Acredita-se que rememorar alguns fatos relacionados à criação dessa lista e, consequentemente, ao órgão de proteção ao patrimônio da cidade pode auxiliar na reflexão sobre a dinâmica e a construção dos discursos patrimoniais de Joinville. A metodologia aplicada será bibliográfica e documental, com pesquisa no Arquivo Histórico de Joinville e no arquivo da Fundação Cultural da cidade.