Novas interpretações do patrimônio cultural edificado em tempos hipermodernos em Caxias do Sul (Brasil) e La Plata (Argentina)
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v8i3.195Palavras-chave:
hipermodernidade; patrimônio cultural; cidade.Resumo
Este artigo propõe um olhar sobre a constituição do campo relativo à preservação do patrimônio histórico, bem como a sua instrumentalização pelo Estado ou por grupos preservacionistas sem poder legislador. Busca-se desvelar a reorientação preservacionista como forma de resistência às transformações da hipermodernidade ou à acomodação ao seu efeito. Da nacionalização patrimonial do Brasil e da Argentina, como ocorreu na resistência causada pela pluralidade das memórias coletivas no fim do século XX, estruturaram-se maneiras de contrastar a fragmentação das cidades e de seus modelos de gestão, que privilegiam a funcionalidade arquitetônica e a especulação imobiliária. Deu-se daí, no campo conceitual, o surgimento dos grupos que estabeleceriam ações preservacionistas atentas à incorporação de novos elementos de ressonância, reflexo da descentração do sujeito hipermoderno. Isso se fez possível por intermédio de ferramentas capitais, como o inventário patrimonial, que confere estatuto para o debate sobre a preservação e serve aqui como fonte para o desenvolvimento de um estudo de caso comparado das cidades de Caxias do Sul (Brasil) e La Plata (Argentina).