Arquivo, memória, obra poética: um mapa para redescobrir a cidade e seu poeta
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v12i1.1947Palavras-chave:
arquivo pessoal, cartografia, literatura, memória.Resumo
O presente artigo alinha reflexões sobre as múltiplas significações do arquivo pessoal do poeta Marcos Konder Reis (MKR) que subsidiam a pesquisa de dissertação Poesia e cidade: uma cartografia das memórias de Marcos Konder Reis, vinculada à linha de pesquisa Memória e Linguagens do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville (PPGPCS/ Univille) e ao Grupo de Estudos Imbricamentos de Linguagens. A pesquisa teve por foco a investigação da relação entre a poética de MKR e a cidade de Itajaí da década de 1930 – narrada em seus poemas e marcadas em suas memórias –, por fonte o arquivo pessoal do poeta e por percurso de pesquisa o processo cartográfico. Para pensar sobre a trajetória dos arquivos públicos ou particulares no Brasil e sua importância para os pesquisadores, tivemos como referência Bacellar (2008). Os arquivos pessoais de artistas, suas características e importância para a compreensão do processo criativo e a formação de memórias coletivas são objetos de estudos de Severino (2021), estudos estes que sustentaram as reflexões críticas. Para compreender o funcionamento do Centro de Documentação e Memória Histórica de Itajaí como repositório de arquivos pessoais, os registros de Estork (2000) foram fundamentais. Os conceitos de pesquisa cartográfica, mapas, rizoma e rede foram ancorados nas discussões propostas por Costa (2014), Deleuze (2011) e Santaella (2008). Os poemas analisados na pesquisa de mestrado e citados neste trabalho têm curadoria publicada por Radünz e Floriano (2008).