Memória, história e cidadania: a trajetória do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina
Palavras-chave:
memória; história; Arquivo Público do Estado de Santa Catarina; arquivo permanente; gestão documental.Resumo
Em Santa Catarina, a preocupação com a guarda e preservação da memória histórica da administração pública catarinense tornou-se mais dogmática no início da República. Descaminhos e querelas políticas inviabilizaram a institucionalização do Arquivo Público, na primeira metade do século XX. Sua combativa caminhada iniciou-se de fato com a Lei n.º 2.378, de 28 de junho de 1960, assinada pelo então governador Heriberto Hülse, que além de criar o Arquivo o consagrava como o legítimo órgão custodiador da documentação produzida pelas secretarias de estado e pelos departamentos autônomos. Até o fim da década de 1970, o Arquivo constituía apenas um espaço com as relíquias documentais produzidas por agentes públicos e instituições públicas pretéritas, versando sobre o funcionamento do aparelho governamental e suas ações sobre e na Ilha de Santa Catarina, naturalmente acumuladas. Um verdadeiro baú de memória; patrimônio documental que carecia de uma organização arquivística plena. Entre 1980 e 2000 os esforços dos primeiros diretores e servidores do Arquivo, juntamente com o empenho de letrados catarinenses e dos amantes da memória histórica catarinense, forneceram novos contornos às práticas arquivísticas no estado. Este breve texto objetiva dar visibilidade à trajetória do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina, evidenciando seus avanços e recuos relacionados a sua estrutura, gestão documental, preservação e difusão de seu acervo.