Narrativa e experiência: a escrita autobiográfica de pessoas em condição crônica de doença

Autores

  • Bruna Rocha Silveira

DOI:

https://doi.org/10.21726/rcc.v8i1.170

Palavras-chave:

narrativa autobiográfica; doença; experiência; identidade

Resumo

A narrativa autobiográfica, uma forma de compartilhar experiências, que são individuais, pode ser um importante mecanismo na construção de identidades e trazer um sentimento de pertencimento. Esse instrumento pode se mostrar ainda mais pujante quando falamos da escrita de pessoas em condição crônica de doença. Pensando nesses sujeitos, que possuem doenças incuráveis e que escrevem suas experiências, este artigo trabalha a motivação de uma escrita que envolve mexer com memórias dolorosas do vivido. Para tanto, são trazidos à discussão teóricos da escrita autobiográfica e da experiência para pensar duas obras literárias contemporâneas nacionais: Pulmão de aço – uma vida no maior hospital do Brasil (2012), de Eliana Zagui, e Um palhaço na boca do vulcão (2014), de Nando Bolognesi. Acredita-se que a escrita autobiográfica de experiências com a doença ajuda a construir o “eudoente”, uma identidade de passagem não para um eu verdadeiro, mas para uma realidade que se vive. Assim, essa ferramenta mostra-se como importante formador identitário que, no momento em que é compartilhado com a sociedade, apresenta modelos éticos de viver com essa diferença social.

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Publicado

2020-03-31

Como Citar

Bruna Rocha Silveira. (2020). Narrativa e experiência: a escrita autobiográfica de pessoas em condição crônica de doença. Revista Confluências Culturais , 8(1), 33–48. https://doi.org/10.21726/rcc.v8i1.170