O patrimônio cultural e os jogos: o estado de fluxo como um facilitador da interface patrimonial
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v9i1.119Palavras-chave:
patrimônio cultural; jogos; estado de fluxo; educação; diálogo intergeracional.Resumo
O campo do patrimônio cultural pode ser relido através das lentes oferecidas pelos jogos. Estes têm sido utilizados pela humanidade há séculos como forma de transmissão de conhecimento, para além de seu aspecto unicamente lúdico. O lúdico é uma das formas de uso dos jogos, contudo não é a única nem a mais importante no atual contexto. Por intermédio da teoria do estado de fluxo, estudada por Csikszentmihalyi, percebeu-se uma ampliação das possibilidades de utilização dos jogos, uma vez que eles têm o potencial de ser empregados como amplificadores dos estados de atenção e consciência, permitindo sua aplicação nas mais diversas áreas. A economia vale-se da teoria dos jogos para buscar resultados de cooperação positiva entre os agentes. A educação tem se valido de processos gamificados para propor novos modelos de ensinoaprendizagem, como a sala de aula invertida. O patrimônio cultural ainda emprega os jogos de maneira tímida, como ferramenta em museus e com alguns jogos de temáticas específicas, como preservação e sustentabilidade. Este artigo analisa a possibilidade de ampliar a utilização dos jogos no campo patrimonial, muito especialmente no que se refere ao estado de fluxo e suas repercussões no diálogo com as novas gerações (millennials e gerações já nascidas em uma modernidade digital).