Arquivo Histórico de Joinville – O processo de patrimonialização da arquitetura moderna e institucional como monumento e documento
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v9i1.113Palavras-chave:
Arquivo Histórico de Joinville; arquitetura moderna; patrimônio cultural.Resumo
O Arquivo Histórico de Joinville (AHJ) é uma unidade vinculada à Gerência de Patrimônio e Museus, da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Prefeitura de Joinville. Foi instituído pela Lei Municipal n.º 1.182 de 20 de março de 1972 e funcionou nas dependências da Biblioteca Municipal Prefeito Rolf Colin até 1986, quando sua sede foi inaugurada. O prédio foi construído com recursos oriundos de um convênio com a República Federal da Alemanha e foi tombado como patrimônio cultural, conforme Lei n.º 1773/1980, sendo inscrito no Livro Tombo sob o registro de n.º 113 desde 2015. Metodologicamente, serão analisados os documentos referentes ao convênio com o governo alemão, o projeto arquitetônico da edificação e o processo de inventário e tombamento enquanto bem cultural. Esta pesquisa documental objetiva analisar os aspectos da arquitetura modernista e o seu processo de patrimonialização, tendo em vista que a arquitetura institucional pode ser compreendida como um documento/monumento, sob a perspectiva de Le Goff (1997) e com base no conceito de lugar de memória empreendido por Pierre Nora (1993). Este artigo pretende, enfim, discorrer sobre os fragmentos recolhidos no presente para a reinvenção e preservação do passado como um processo antagônico de seleção e recriação de memórias e patrimônios, por meio de problematizações acerca da composição do acervo da instituição considerando sua história institucional e arquitetônica. A arquitetura modernista e suas projeções sociais na cidade, sobretudo por meio de seus usos, funções, intenções e percepções patrimonializados na instituição em sua materialidade construtiva, simbolicamente se tornam elementoschave para a constituição sobre o lugar de memória e a história material da cidade.