Desafios e estratégias turísticas para a preservação de um (não) patrimônio
DOI:
https://doi.org/10.21726/rcc.v9i1.110Palavras-chave:
patrimônio cultural; turismo; moinho de vento; redes sociais; Joinville.Resumo
O debate apresentado neste artigo emerge das tensões e problematizações dos usos e funções do moinho de vento do pórtico de Joinville, que provoca controvérsias quanto a sua importância, ou não, como patrimônio cultural. Desse modo, tem por objetivo analisar e problematizar a imagem do moinho perante as ações e medidas que busquem a proteção do patrimônio cultural por intermédio de intervenções turísticas. A metodologia utilizada é qualitativa de natureza exploratória e interpretativa com base em Geertz (2008), com coleta de dados bibliográfica e documental, associada à busca de imagens do moinho nas plataformas digitais e à produção de fotografias de objetos que em sua composição apresentassem a figura do moinho. Após leitura, fichamento e sistematização do material, foi construído um banco de dados no programa Access. Os resultados mostram que o moinho desperta sentimentos conflitantes sobre questões relativas a representação, originalidade e autenticidade. No entanto, se por um lado o moinho não é reconhecido oficialmente como patrimônio, sua utilização está consolidada enquanto marca de destinação turística e seu uso vem sendo apropriado pela população como representação simbólica da imagem do lugar.