Análise de protocolos de desobturação de canais radiculares para colocação de pino
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v21i2.2527Palavras-chave:
adesão; dentina; Endodontia; ultrassom.Resumo
A remoção inadequada do material obturador e a limpeza ineficiente podem comprometer a adesão e a retenção do pino intracanal e comprometer a previsibilidade da restauração final. Objetivo: Avaliar a limpeza das paredes do canal após a remoção do material obturador usando ultrassom e compará-la com os métodos convencionais realizados com brocas. Material e métodos: Quarenta incisivos centrais superiores foram preparados e obturados com guta[1]percha e cimento. Em seguida, o material obturador foi removido e os espécimes foram divididos em quatro grupos: Grupo GLM: broca Gates Glidden + broca Largo + ativação manual dinâmica; Grupo C: pontas Clearsonic; Grupo CEC: pontas Clearsonic em conjunto com EasyClean; Grupo CI: pontas Clearsonic em conjunto com Irrisonic. Selecionou-se um dente de cada grupo para análise de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os 36 dentes restantes foram escaneados com microtomografia computadorizada (micro-CT) antes e depois da remoção da obturação. Os dados foram submetidos a análise estatística com testes paramétricos e não paramétricos. Resultados: Houve uma diferença estatística na remoção do material obturador entre os grupos GLM e C; GLM e CEC; C e CI (p < 0,05). Maior quantidade de material obturador remanescente permaneceu no canal radicular com o grupo GLM e menor quantidade no grupo C (p < 0,05). A análise de MEV mostrou que o grupo C promoveu melhor limpeza do que o grupo GLM (p < 0,05). Não foi encontrada diferença entre todos os grupos com relação ao desgaste da dentina (p > 0,05). Conclusão: Todos os protocolos foram considerados seguros para os incisivos superiores. Entretanto o Clearsonic foi mais eficiente tanto na remoção do material obturador quanto na limpeza das paredes do canal.