Avaliação da capacidade mastigatória de adolescentes com maloclusão
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v21i2.2523Palavras-chave:
maloclusão; mastigação; adolescente.Resumo
A capacidade mastigatória está relacionada com o número de dentes envolvidos, força, duração e ciclos durante a mastigação. Porém pouco se discute sobre as características dos alimentos utilizados na avaliação da mastigação. Objetivo: Comparar a capacidade mastigatória de adolescentes, em ambos os gêneros, que apresentavam algum tipo de maloclusão. Material e métodos: Participaram da pesquisa 378 alunos do ensino fundamental e médio, de 12 a 17 anos, divididos em duas turmas com 189 alunos, G1 (de 12 a 14 anos) e G2 (de 15 a 17 anos), cada turma com 63 alunos de cada idade. A capacidade mastigatória foi avaliada após testes com biscoito wafer e castanha. Resultados: As maloclusões mais prevalentes foram Classe I (58%) e Classe II (36,7%), e a menos prevalente foi a Classe III (5,3%). Para ambos os gêneros no G2, houve maior tempo mastigatório de ambos os alimentos (p = 0,01). O tempo de mastigação (média 30,44 ± 12,94 para o biscoito wafer e 26,63 ± 9,87 para castanha) (p = 0,01) para as mulheres foi maior do que para os homens com os dois alimentos testados. O ciclo mastigatório com wafer foi significativamente maior (p = 0,01) para o gênero feminino. Conclusão: A maloclusão mais prevalente foi a Classe I. A evolução da capacidade mastigatória ocorreu proporcionalmente à idade dos adolescentes e ao maior número de contato oclusal de dentes posteriores. O tempo médio de mastigação do grupo que usou biscoito wafer foi maior do que o grupo que usou castanha para ambos os gêneros, sem diferença entre os gêneros quanto aos ciclos de mastigação.