Identificação de canais radiculares não obturados utilizando TCCB e uma ferramenta para redução de artefatos metálicos: um estudo in vitro
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v21i2.2518Palavras-chave:
obturação do canal radicular; diagnóstico por imagem; tomografia computadorizada de feixe cônico.Resumo
: Avaliar a influência da obturação e de uma ferramenta para redução de artefatos metálicos (FRAM) na detecção do canal mesovestibular 2 (MV2) de molares superiores (MS) em tomografia computadorizada cone beam (TCCB). Material e métodos: Neste estudo in vitro, 9 MS foram escaneados previamente ao tratamento endodôntico. Realizaram-se a abertura coronária, preparo dos canais com instrumentos reciprocantes, irrigação e obturação com cones de guta-percha e cimento endodôntico. O canal MV2 não foi acessado e obturado, mesmo quando identificado. Posteriormente, os dentes foram submetidos a duas novas TCCB sem e com o acionamento da FRAM durante os escaneamentos. As imagens foram analisadas por dois examinadores experientes em interpretação de TCCB, que avaliaram a possibilidade de identificar o canal MV2 nos exames. Resultados: Nas imagens iniciais sem obturação, o canal MV2 foi identificado em 88,9% das amostras (n=8), enquanto nos escaneamentos após a obturação o canal MV2 foi detectado em 88,9% dos dentes (n=8) quando a ferramenta não estava ativada (não coincidindo com a avaliação das imagens base em todas as amostras) e em 22,2% dos casos (n=2) quando a ferramenta estava ativada. Ao realizar o teste Kappa, a concordância na identificação do canal MV2 nas imagens iniciais e pós-obturação sem a ferramenta foi de 77,8% (K=0,778) e de 33,3% (K=0,333) nas imagens iniciais e com a ferramenta, consideradas concordâncias moderada e mínima, respectivamente. Conclusão: A obturação influenciou a detecção do canal MV2 em TCCB, visto que a FRAM impactou de maneira negativa a identificação dos canais não tratados e obturados.