Avaliação da eficácia da laserterapia de baixa potência no tratamento da mucosite oral em pacientes oncológicos pediátricos: um estudo clínico
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v20i1.2024Palavras-chave:
mucosite oral; terapia a laser; criança; antineoplásico; oncologia.Resumo
Em crianças portadoras de câncer, aproximadamente 80% delas apresentam mucosite oral em determinado momento da indução medicamentosa, variando de acordo com o tipo de câncer e o protocolo de tratamento. Dessa forma, o desempenho da terapia a laser foi investigado, e tal abordagem é agora uma opção recomendada pela Associação Multinacional de Cuidados de Suporte no Câncer, sendo amplamente utilizada para prevenção e tratamento da mucosite oral. Objetivo: Investigar e comprovar a eficácia da laserterapia de baixa potência como um método de prevenção e tratamento da mucosite oral em pacientes internados na ala de oncologia pediátrica. Material e métodos: Pacientes pediátricos em tratamento quimioterápico foram submetidos ao protocolo profilático e/ou ao tratamento com laserterapia para mucosite. Utilizou-se o laser Duo MM Optics (comprimento de onda de 660 nm e potência 100 mw) para aplicações diárias, tanto no tratamento profilático quanto em pacientes que desenvolveram lesão. O efeito terapêutico foi avaliado pelo surgimento, tempo de permanência e grau de severidade das lesões, as quais foram classificadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Resultados: Dos 37 pacientes estudados, 15 eram do sexo feminino e 22 do masculino, com a média de idade de 6,9 anos; a grande maioria foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda (n=19). Todos receberam laserterapia profilática, mas apenas 17 (45,9%) crianças desenvolveram lesões. Destas, a maioria correspondia ao grau 1 (n=9), seguido pelo grau 3 (n=5) e grau 2 (n=3), com tempo de permanência em boca de, em média, 6,2 dias. Dos pacientes que desenvolveram lesões, 14 estavam usando metotrexato, o quimioterápico mais utilizado. Conclusão: Comprova-se a eficácia da laserterapia para prevenção e tratamento da mucosite, uma vez que o número de crianças que desenvolveram essas lesões foi 34,1% menor em comparação aos índices usualmente reportados na literatura.