Posicionamento, curvatura radicular e proximidade com o canal mandibular de terceiros molares inferiores
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v20i1.2005Palavras-chave:
radiografia panorâmica; terceiro molar; radiologia; prevalência.Resumo
Determinar a frequência e variabilidade de terceiros molares inferiores inclusos, levando em consideração características como posição, curvatura radicular e relação com o canal mandibular, por meio de análise de radiografias panorâmicas, baseando-se no modelo de interpretação radiográfica proposto por Whaites [21], com ênfase em características epidemiológicas. Material e métodos: Trata-se de um estudo documental, estatístico-descritivo, retrospectivo, do tipo transversal, com método de abordagem quantitativo e dados secundários obtidos por meio de análise de radiografias panorâmicas de pacientes atendidos na clínica de diagnóstico por imagem da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A análise estatística dos dados foi realizada com o auxílio da estatística descritiva e analítica, utilizando o programa Statistical Program Software (SPSS®) 22.0 (SPSS Inc., Chicago, USA). A análise univariada foi executada com o objetivo de avaliar as características gerais da amostra e traçar o perfil demográfico das condições epidemiológicas. Resultados: A amostra total contou com 236 radiografias panorâmicas, por meio das quais se observou uma predominância do sexo feminino (60,2%), com faixa etária entre 21 e 30 anos (58,1%). Os terceiros molares inferiores esquerdos se apresentaram com maior frequência (90,7%). A angulação vertical foi a mais prevalente nos terceiros molares inferiores esquerdos (44,9%), enquanto para os terceiros molares inferiores direitos a angulação mesioangulada revelou-se predominante (44,1%). Quanto às curvaturas das raízes, notou-se maior frequência da condição favorável para ambos os terceiros molares, direitos (80,7%) e esquerdos (81,3%). Considerando a relação das raízes com o canal mandibular, tanto os terceiros molares inferiores direitos quanto os inferiores esquerdos apresentaram-se maioritariamente em um relacionamento normal, representado por 59,9% e 59,8%, seguido de A, numa frequência de 31,2% e 30,8%, respectivamente. Conclusão: O perfil epidemiológico da amostra caracterizou-se por mulheres, com faixa etária entre 21 e 30 anos. Os terceiros molares inferiores esquerdos apareceram com mais frequência. A angulação vertical foi a mais frequente, seguida da mesioangulada. A morfologia radicular favorável apresentou acentuada prevalência, e o relacionamento mandibular normal demonstrou-se predominante. Dessa maneira, entende-se que a pesquisa contribuiu para o estabelecimento da prevalência dos terceiros molares inferiores inclusos, servindo como base para o estabelecimento de um plano de tratamento adequado e individualizado.