Perfil de pacientes com transtorno do espectro autista assistidos em um centro de referência odontológica

Autores

  • Tássia Reimer
  • Gabriela Ibing Sberse
  • José Ricardo Sousa Costa
  • Letícia Kirst Post
  • Lisandrea Rocha Schardosim
  • Marina Sousa Azevedo

DOI:

https://doi.org/10.21726/rsbo.v20i1.2001

Palavras-chave:

transtorno do espectro autista; saúde bucal; serviços odontológicos.

Resumo

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição presente desde a infância que interfere no comportamento sociocomunicativo e na linguagem, fazendo com que o indivíduo apresente comportamentos repetitivos e estereotipados. Objetivo: Obter um perfil de pacientes com TEA atendidos em um centro de especialidades odontológicas (CEO) do sul do Brasil, verificar a necessidade de atendimento odontológico sob anestesia geral (AG) e analisar fatores sociodemográficos, comportamentais, médicos e odontológicos associados. Material e métodos: Este estudo observacional transversal utilizou dados secundários de prontuários de pacientes com TEA atendidos no CEO Jequitibá da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas, localizado na cidade de Pelotas/RS. Características socioeconômicas, demográficas, comportamentais e de comunicação e informações médicas e odontológicas, como a necessidade de atendimento sob AG, foram coletadas. Realizou-se uma análise estatística descritiva com a distribuição das frequências absoluta e relativa e o Teste Exato de Fisher foi utilizado para testar associação. Um valor de  P <0,05 foi considerado como estatisticamente significante. Resultados: Do total de 502 prontuários, 58 (11,5%) apresentavam o diagnóstico de TEA. A maioria era do sexo masculino (82,8%), possuía comportamento agitado e/ou agressivo (66,0%), tinha dificuldades de comunicação (54,7%), não obteve solução do problema na última consulta com dentista (71,0%) e buscou o CEO tardiamente, com idade acima dos 10 anos. Dentre os pacientes com TEA atendidos, 50% necessitaram de atendimento odontológico sob AG. O tipo de comportamento prévio no dentista teve associação com a indicação de encaminhamento para bloco sob AG (P=0,046); grande parte dos pacientes encaminhados teve relato prévio de comportamento ruim (62,1%). Conclusão: Os pacientes com TEA que chegaram ao serviço tinham comportamento mais difícil e apresentaram dificuldades comportamentais em atendimentos odontológicos anteriores, levando a uma alta demanda de atendimento odontológico sob AG.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2023-05-26

Como Citar

Tássia Reimer, Gabriela Ibing Sberse, José Ricardo Sousa Costa, Letícia Kirst Post, Lisandrea Rocha Schardosim, & Marina Sousa Azevedo. (2023). Perfil de pacientes com transtorno do espectro autista assistidos em um centro de referência odontológica. Revista Sul-Brasileira De Odontologia, 20(1), 50–09. https://doi.org/10.21726/rsbo.v20i1.2001

Edição

Seção

Artigos Originais de Pesquisa