Índice de acerto da hipótese do diagnóstico clínico e diagnóstico anatomopatológico: experiência do serviço de cirurgia bucomaxilofacial de um hospital oncológico
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v19i2.1881Palavras-chave:
biópsia; patologia bucal; diagnóstico bucal.Resumo
Nos primórdios da Odontologia a cavidade bucal era considerada apenas um local onde havia dentes, alterações periodontais e cáries. Com a evolução dos estudos na área, começou-se a dar mais importância à região, observando diversos processos patológicos. O diagnóstico correto das mais variadas lesões que acometem o sistema estomatognático é essencial, e o conhecimento da frequência relativa ou prevalência dessas lesões na população constitui uma ferramenta importante para o diagnóstico clínico. Material e métodos: Foi realizado um levantamento epidemiológico com abordagem qualitativa, retrospectiva, por meio da análise dos prontuários médico-hospitalares eletrônicos de todos os pacientes que realizaram biópsias no ambulatório do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial de um hospital oncológico no período de dois anos, buscando o índice de acerto da hipótese clínica com o diagnóstico definitivo da análise anatomopatológica. Resultados: O índice de acerto da hipótese do diagnóstico clínico e diagnóstico anatomopatológico foi de 76,9%. Carcinoma espinocelular foi o diagnóstico anatomopatológico mais frequente, com 112 casos (12,9%). O grupo de lesões biopsiadas com menor porcentagem de erro foi o das lesões ósseas, com 5,37%, e o com maior porcentagem de erro foi o de outras lesões orais em tecido mole, com 49,01%. Conclusão: Conclui-se que uma correta formulação da hipótese diagnóstica, além de auxiliar o patologista no correto diagnóstico, é fundamental para que se tenha um melhor seguimento do caso e plano de tratamento, uma vez que uma lesão de aspecto maligno exige medidas mais urgentes que uma lesão de caráter benigno.