Avaliação de diferentes agentes químicos na desinfecção da superfície de ampolas anestésicas para uso em Odontologia
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v19i1.1761Palavras-chave:
ampolas anestésicas; agentes químicos; desinfecção.Resumo
Procedimentos odontológicos demandam a utilização rotineira de anestésicos locais, e esses materiais devem passar por processo de desinfecção a fim de que sejam atendidos os protocolos de biossegurança e minimizar riscos de infecções cruzadas. Objetivo: Avaliar a eficácia de agentes químicos na descontaminação da superfície de ampolas anestésicas. Material e métodos: Foram testados três agentes químicos: gluconato de clorexidina aquosa 2%, gluconato de clorexidina alcoólica 0,5%, e iodopovidona (PVPI) 10%. As amostras, num total de 120 tubetes anestésicos, foram retiradas diretamente da embalagem e previamente contaminadas com três espécies bacterianas (Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis), em dez repetições. Na sequência, os tubetes foram submersos nas soluções dos agentes químicos por 3 minutos, exceto o grupo controle. Após a submersão realizou-se a fricção com um swab na parte inicial dos tubetes, que posteriormente foram submergidos em tubos de ensaios contendo meio Caldo Brain and Heart Infusion e incubados em estufa bacteriológica a 37ºC, durante 5 dias. Com os tubos de ensaio que apresentaram turbidez, prepararam-se lâminas, coradas pelo método de Gram, e semeadura em placas de Petri contendo os meios de cultura ágar Mueller Hinton e ágar MacConkey. Nas placas com crescimento de colônias bacterianas, fizeram-se lâminas para confirmar a presença das bactérias utilizadas. Resultados: Os agentes químicos gluconato de clorexidina aquosa 2%, gluconato de clorexidina alcoólica 0,5% e iodopovidina 10% foram eficazes na desinfecção para as três espécies bacterianas empregadas. Conclusão: A submersão das ampolas nos três agentes químicos testados, durante 3 minutos, demonstrou ser uma forma eficaz de desinfecção.