Análise ex vivo do desvio apical em canais radiculares curvos por meio de tomografia computadorizada cone beam 3D
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v6i4.1237Palavras-chave:
Endodontia; canal radicular; tomografia computadorizada volumétrica.Resumo
Introdução e objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar ex vivo
o desvio apical em canais radiculares curvos por meio de tomografia
computadorizada i-CAT cone beam 3D. Material e métodos: Foram
utilizadas 40 raízes mesiovestibulares de molares superiores humanos
com curvatura entre 20° e 40°, distribuídas aleatoriamente em quatro
grupos, de acordo com a técnica de preparo biomecânico: manual,
rotatória contínua, rotatória oscilatória e rotatória contínua associada
à oscilatória. Para comparação do desvio apical, realizou-se exame
tomográfico antes e após o preparo biomecânico dos quatro primeiros milímetros aquém do forame apical, totalizando, portanto, quatro cortes
por raiz de forma perpendicular (corte axial) e interpolação (cortes de 1
em 1 mm aquém do ápice). As imagens iniciais foram armazenadas no
disco rígido (HD) de um computador para posterior comparação com
as imagens pós-instrumentação. O preparo biomecânico para todas as
raízes foi efetuado por um único operador, e a cada troca de instrumento
irrigou-se o canal radicular com 3 mL de solução de hipoclorito de sódio
1%. Por intermédio do teste estatístico não paramétrico de KruskalWallis comparou-se o desvio apical entre as técnicas preconizadas
(α = 0,05). Resultados: O teste complementar de Dunn (p < 0,001)
evidenciou maior grau de desvio para a técnica manual (0,62 ± 0,018),
quando comparada às demais. Estatisticamente, as técnicas rotatória
contínua (0,0975 ± 0,005), rotatória oscilatória (0,165 ± 0,017) e a
associação (0,137 ± 0,023) foram semelhantes entre si (p > 0,05).
Conclusão: Nenhuma das técnicas conseguiu evitar o desvio apical
durante o preparo biomecânico.