Avaliação histológica de película alternativa para técnicas regenerativas: estudo experimental em mandíbula de ratos

Autores

  • Ranulfo Duarte de AZEVEDO NETO
  • Saulo Kfouri LOPES
  • Ulysses de ALMEIDA
  • João César ZIELAK
  • Tatiana Miranda DELIBERADOR
  • Allan Fernando GIOVANINI
  • Eduardo Pizzatto

DOI:

https://doi.org/10.21726/rsbo.v6i3.1223

Palavras-chave:

enxerto bucal experimental; politetrafluoretileno; técnica regenerativa.

Resumo

Introdução: Atualmente o Teflon possui várias aplicações biológicas e
é utilizado tanto em medicina como em odontologia. Na odontologia, é
empregado principalmente como barreira, nas técnicas de regeneração
tecidual guiada (RTG) e regeneração óssea guiada (ROG), apresentando
diferentes níveis de sucesso. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi
avaliar histologicamente o uso de uma película de Teflon sobre defeitos ósseos intraorais criados cirurgicamente em ratos. Material e métodos:
Foram usados 16 ratos machos (Wistar) adultos, os quais foram
divididos em 2 grupos: grupo T (teste) e grupo C (controle). Dois tempos
experimentais foram analisados, com 1 e 3 semanas. Os defeitos ósseos
foram cirurgicamente criados na mandíbula, unilateralmente, por
ação de broca esférica multilaminada (Carbide) de 3 mm de diâmetro
anteriormente à região mentoniana dos animais. No grupo T, o defeito
ósseo foi recoberto com uma película de Teflon (politetrafluoretileno
expandido, PTFE-e). No grupo C, o defeito foi preenchido somente
com coágulo sanguíneo. Esperou-se o tempo necessário e realizou-se a
eutanásia dos animais. Resultados: Em virtude da alta maleabilidade,
a película de Teflon acabou por preencher os defeitos experimentais,
o que gerou uma reação tecidual local caracterizada pela presença de
infiltrado inflamatório crônico e agudo, tanto no grupo T de 1 semana
como no grupo T de 3 semanas. No grupo T de 3 semanas observouse o desenvolvimento de tecido ósseo com mineralização inicial da
matriz apenas a partir das bordas do defeito. O desenvolvimento ósseo
a partir das bordas também aconteceu no grupo C, com ausência de
processos inflamatórios intensos; no entanto a manutenção do volume
tecidual foi baixa. Conclusão: No modelo experimental apresentado,
concluiu-se que o preenchimento do defeito ósseo pela película de
Teflon foi prejudicial ao reparo ósseo local. Para uso dessa película em
técnicas regenerativas é necessário melhorar as propriedades físicas,
diminuindo sua maleabilidade.

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Publicado

2010-09-30

Como Citar

Ranulfo Duarte de AZEVEDO NETO, Saulo Kfouri LOPES, Ulysses de ALMEIDA, João César ZIELAK, Tatiana Miranda DELIBERADOR, Allan Fernando GIOVANINI, & Eduardo Pizzatto. (2010). Avaliação histológica de película alternativa para técnicas regenerativas: estudo experimental em mandíbula de ratos. Revista Sul-Brasileira De Odontologia, 6(3), 256–63. https://doi.org/10.21726/rsbo.v6i3.1223