Sequência e cronologia de erupção dos dentes decíduos em crianças do município de Itajaí (SC)
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v7i4.1170Palavras-chave:
estudos epidemiológicos; dentição primária; erupção dentária.Resumo
Introdução: Variáveis nutricionais e de desenvolvimento no nascimento
e na vida precoce podem predizer o número de dentes erupcionados que
as crianças têm em sua cavidade oral. Objetivo: Verificar a cronologia
e a sequência de erupção dental decídua de crianças do município de
Itajaí, confrontando dados referentes a elementos dentais, gênero, idade,
nível socioeconômico e amamentação. Material e métodos: Realizouse um estudo transversal com 1.297 crianças divididas pelo gênero e
pela idade. Para testar a hipótese de que a erupção dental decídua varia
em cada dente para o sexo masculino e feminino, comparativamente,
utilizou-se o teste t. Resultados: Observou-se início mais precoce
da erupção nos meninos com o dente 61 (incisivo central superior
esquerdo), aos 10,6 meses, e término com o dente 65 (segundo molar
superior esquerdo), aos 30,9 meses. As meninas começaram a erupção
dental com o dente 71 (incisivo central inferior esquerdo) aos 12 meses
e terminaram com o dente 85 (segundo molar inferior direito) aos 31,55
meses. Houve variação na análise das médias de erupção pelo teste t entre os gêneros para os dentes 63, 72, 73 e 83. O tempo médio de
erupção para o sexo masculino foi de 20,30 meses e para o feminino foi
de 19,55. Verificaram-se médias de erupção maiores estatisticamente
insignificantes nas crianças que receberam amamentação além dos
6 meses de idade. Conclusão: Tais valores pressupõem que, assim
como a sequência, o tempo médio de erupção dental é determinado
geneticamente. Influências ambientais, como tipo de amamentação,
não alteram as médias de erupção.