Avaliação da capacidade de vedamento e pH do tampão apical com cimento Portland branco acrescido de radiopacificadores convencionais
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v7i3.1146Palavras-chave:
MTA; cimento Portland; iodofórmio; óxido de zinco; bismuto.Resumo
Introdução: O cimento Portland tem apresentado resultados biológicos
similares aos do hidróxido de cálcio, porém sua radiopacidade é
precária. Assim, a adição de substâncias que minimizem essa deficiência
deve ser analisada. Objetivo: Procurou-se avaliar a capacidade de
vedamento apical e pH de um tipo de cimento Portland branco,
acrescido de diversos radiopacificadores encontrados no arsenal
endodôntico. Material e métodos: Quarenta raízes de dentes bovinos,
com ápices incompletos, tiveram as aberturas foraminais padronizadas
de modo equivalente ao diâmetro da ponta da broca PM 720G. Após a impermeabilização externa radicular, um tampão apical intrarradicular,
de aproximadamente 10,0 mm de espessura, foi executado com o pó
do cimento Portland branco puro ou acrescido de um radiopacificador
(iodofórmio, óxido de zinco ou subnitrato de bismuto), agregado a
0,37 mL de água destilada. As raízes foram mantidas por 24 horas em
ambiente úmido e, após esse período, imersas em Rhodamine B, sob
vácuo, por mais 24 horas. Concluída a imersão, os espécimes foram
desgastados longitudinalmente, os fragmentos radiculares fotografados,
as imagens digitalizadas e a infiltração apical foi medida por meio do
programa Image Tools. Paralelamente, avaliou-se também o pH das
associações nos períodos de 24 e 48 horas e 7 e 30 dias. Os dados
obtidos foram submetidos ao teste de Anova a um critério. Resultados:
A associação com o óxido de zinco proporcionou menor infiltração
em relação aos demais grupos (p < 0,05). O comportamento do pH
dos materiais apresentou variações ao longo do tempo de análise,
e no período de 24 horas sempre foram encontrados os maiores
valores (p < 0,05). Conclusão: O tipo de radiopacificador interfere na
capacidade de vedação apical, sendo o óxido de zinco o mais benéfico.
O pH varia de acordo com o período de análise, e foram obtidos nas
primeiras 24 horas os maiores valores (p < 0,05).