Doença periodontal e sua influência no controle metabólico do diabete
DOI:
https://doi.org/10.21726/rsbo.v8i2.1060Palavras-chave:
diabete melito; periodontite; índice glicêmico.Resumo
Introdução: Atualmente se aceita que a doença periodontal (DP) é
mais prevalente e mais severa em pessoas portadoras de diabete
melito (DM) do que nas não diabéticas. Por outro lado, indivíduos
com periodontite severa podem apresentar dificuldade em realizar o
controle glicêmico. Objetivo: Por meio de uma revisão da literatura,
determinar a influência da DP no controle metabólico dos pacientes
diabéticos. Revisão de literatura: Mediante pesquisa na base de
dados PubMed entre os meses de novembro e dezembro de 2008
foram relacionados diversos artigos da bibliografia atual e clássica,
utilizando unitermos como periodontite e diabete melito. Dos 44 trabalhos encontrados, metade (n = 22) referia-se a estudos em
humanos após tratamento periodontal mecânico somente ou
associado a uma terapia antimicrobiana tópica ou sistêmica. Destes,
dez apresentaram resultados benéficos quanto ao controle glicêmico.
Três artigos (n = 3) traziam pesquisas simulando a periodontite
em ratos pré-dispostos ou portadores de DM. Os resultados para
as investigações epidemiológicas (n = 5), de revisão de literatura
e meta-análise (n = 14) mostraram-se positivamente similares aos
estudos em humanos após tratamento periodontal para quatro e
11 artigos, nessa ordem. As possíveis trajetórias patofisiológicas
comuns entre DP e DM avaliadas pelos autores foram relacionadas
a marcadores inflamatórios, à resposta do hospedeiro alterada e à
resistência a insulina. Conclusão: A periodontite pode influenciar
no controle glicêmico do diabete. No entanto a padronização das
pesquisas no tocante à terapia periodontal e ao grupo testado
torna-se necessária para consolidar a relação bidirecional entre
DP e DM e auxiliar no tratamento multiprofissional dos pacientes
acometidos por tais patologias.