Frequência das lesões bucais diagnosticadas no Centro de Especialidades Odontológicas de Tubarão (SC)

Autores

  • Greicy Kniest
  • Roberta Targa Stramandinoli
  • Lúcia Fátima de Castro Ávila
  • Ana Claudia A. dos Santos Izidoro

DOI:

https://doi.org/10.21726/rsbo.v8i1.1032

Palavras-chave:

epidemiologia; prevalência; diagnóstico bucal; doenças da boca.

Resumo

Estudos epidemiológicos das doenças bucais caracterizam
as populações averiguadas e proporcionam referenciais para a
elaboração de estratégias de tratamento e prevenção. Objetivo:
Determinar a frequência das lesões bucais mais comuns e o perfil
epidemiológico dos pacientes atendidos no Centro de Especialidades
Odontológicas do município de Tubarão (SC) entre os anos 2003 e
2008. Material e métodos: Foi feito um trabalho retrospectivo, por
meio da análise de um banco de dados preexistentes de todos os
indivíduos atendidos no serviço, desde a sua implantação. As variáveis
sexo, idade, procedência, presença de lesão bucal, realização de biópsia
e resultado anatomopatológico foram levantadas, armazenadas em
uma planilha de Excel e submetidas a análise estatística descritiva,
efetuando-se a correlação das variáveis e a determinação da frequência
de cada lesão. Resultados: Dos 140 pacientes, 89 eram mulheres e 51 homens. A idade variou de 4 a 81 anos, com média de 47,2 anos.
Do total de pacientes, 121 apresentaram lesão bucal no momento
da consulta, e cinco tinham duas lesões diferentes e concomitantes,
totalizando 126 lesões. Treze não possuíam nenhuma lesão bucal
no momento do exame clínico, seis queixaram-se de xerostomia e
quatro de hipossalivação com algum outro tipo de lesão também,
porém nenhum exame complementar foi efetuado para determinar
alteração no fluxo salivar. Realizaram-se 54 biópsias para confirmação
diagnóstica. Quanto às lesões, 97,6% tinham características de
benignidade; as mais frequentes foram candidose (14,3%), hiperplasia
fibrosa inflamatória (12,6%), mucocele (9,5%) e fibroma (5,5%).
Foram confirmados três casos de neoplasia maligna; todos eram
carcinoma escamocelular. Conclusão: Constatou-se que 86,4% dos
pacientes apresentaram lesão bucal no momento da consulta, e as
lesões benignas apareceram em quase 98% dos casos. A candidose
bucal foi a lesão mais prevalente, seguida da hiperplasia fibrosa
inflamatória. Em relação ao perfil epidemiológico dos indivíduos
assistidos, aproximadamente 64% pertenciam ao gênero feminino,
com idade média de 47 anos.

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Publicado

2012-03-30

Como Citar

Greicy Kniest, Roberta Targa Stramandinoli, Lúcia Fátima de Castro Ávila, & Ana Claudia A. dos Santos Izidoro. (2012). Frequência das lesões bucais diagnosticadas no Centro de Especialidades Odontológicas de Tubarão (SC). Revista Sul-Brasileira De Odontologia, 8(1), 13–8. https://doi.org/10.21726/rsbo.v8i1.1032