Diversidade e estrutura comunitária da vegetação em regeneração natural em uma área de lixão desativado
DOI:
https://doi.org/10.21726/abc.v2i1.573Palavras-chave:
Florística; fitossociologia; distúrbio antrópico; aterro sanitário.Resumo
Com o intuito de conhecer a dinâmica de regeneração de uma região degradada em que houve historicamente o acúmulo de resíduos sólidos, este estudo mostra os resultados florísticos e estruturais de uma área de lixão desativado. O levantamento da flora foi efetuado pelo método de caminhamento expedido, e a estrutura da vegetação foi determinada por meio do método de parcelas. Realizaram-se análises da qualidade da água e de metais pesados no solo. Encontraram-se 109 espécies, organizadas em 74 gêneros e 32 famílias, com predomínio de plantas de hábito herbáceo e subarbustivo. As famílias com maior número de espécies foram: Asteraceae (16), Poaceae (11) e Solanaceae (10). As espécies com maior valor de cobertura são tipicamente caracterizadas como plantas ruderais e infestantes, próprias de ambientes perturbados. A análise química do solo mostrou a presença de metais pesados em níveis baixos e aceitáveis para solos brasileiros. Dessa forma, sugere-se que a possível alteração na estrutura do solo, tornando-o pouco profundo, compactado, nutricionalmente deficitário e tóxico, pode limitar a regeneração natural da vegetação à formação herbácea, mesmo numa escala de tempo favorável ao surgimento de plantas de outros hábitos ocorrentes na formação florestal do entorno.