Aporte de serapilheira em reflorestamento misto
DOI:
https://doi.org/10.21726/abc.v5i3.409Palavras-chave:
floresta estacional semidecidual; material decíduo; Sergipe.Resumo
Ações de monitoramento são necessárias para a avaliação de indicadores que revelem a evolução da restauração ecológica. O aporte da serapilheira pode ser indicador da sustentabilidade de uma floresta plantada ou reflorestamento misto com espécies nativas. Este trabalho visou avaliar a funcionalidade de um reflorestamento em Laranjeiras (SE) utilizando o aporte de serapilheira como indicador. Realizou-se o reflorestamento em novembro de 2005, com 31 espécies florestais nativas. O aporte de serapilheira foi coletado mensalmente, de setembro de 2014 a agosto de 2015. Analisaram-se quimicamente nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), transformados para conteúdo de nutrientes (kg ha ano-1). O aporte anual de serapilheira foi estimado em 3,85 Mg ha-1 ano-1, com média mensal de 0,33 Mg ha-1. O baixo aporte de serapilheira pode advir do maior espaçamento e pelo fato de 26 das 31 espécies usadas para plantio serem secundárias tardias ou clímax, produzindo menos serapilheira. O aporte de serapilheira apresentou padrão sazonal (aumento da produção no início da estação seca e redução na estação chuvosa). O aporte anual de nutrientes, via serapilheira, foi: nitrogênio (N) >potássio (K) >fósforo (P). O padrão de aporte de serapilheira no reflorestamento misto está funcionalmente semelhante ao de ecossistemas florestais naturais de florestas estacionais semideciduais.