Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) é capaz de causar a deleção de parasitoides nativos?

Autores

  • Rafael Narciso Meirelles
  • Luiza Rodrigues Redaelli
  • Simone Mundstock Jahnke
  • Cláudia Bernardes Ourique
  • Dânia Vieira Branco Ozorio

DOI:

https://doi.org/10.21726/abc.v6i2.224

Palavras-chave:

Anastrepha; Braconidae; controle biológico; Figitidae; Tephritidae.

Resumo

Diachasmimorpha longicaudata é um dos mais importantes agentes de controle biológico de moscas-das-frutas em liberações aumentativas. Este trabalho objetivou avaliar a capacidade desse parasitoide em aumentar seu índice de parasitismo de moscas-das-frutas e a pressão que ocasiona em outras espécies nativas de parasitoides. Coletaram-se pitangas, araçás, goiabas, goiabasserranas, caquis, nêsperas, pêssegos e guabirobas em Porto Alegre e Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul (RS). No laboratório, os frutos foram divididos em dois lotes iguais e colocados em duas gaiolas. O grupo tratamento foi exposto a D. longicaudata por 24 horas, enquanto o testemunha não. Após o período de exposição, os frutos foram retirados das gaiolas e armazenados até a formação de pupários, que foram mantidos até a emergência de insetos. Anastrepha fraterculus foi o tefritídeo mais abundante. No lote tratamento, obteve-se o maior índice de parasitismo em araçás (68,4%), e o menor, em nêsperas (14,75%). Não se registrou parasitismo em caquis. Identificaram-se os himenópteros nativos: Doryctobracon areolatus (Braconidae), Utetes anastrephae (Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Figitidae), em ambos os lotes. Os resultados indicam que D. longicaudata tem potencial para aumentar os índices de parasitismo no RS sem causar a deleção de espécies nativas.

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Publicado

2019-06-28

Como Citar

Rafael Narciso Meirelles, Luiza Rodrigues Redaelli, Simone Mundstock Jahnke, Cláudia Bernardes Ourique, & Dânia Vieira Branco Ozorio. (2019). Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) é capaz de causar a deleção de parasitoides nativos? . Acta Biológica Catarinense, 6(2), 104–114. https://doi.org/10.21726/abc.v6i2.224