Anatomia da madeira e história colonial como subsídios para a conservação da biodiversidade orestal: o caso da Serraria Kohn

Autores

  • João Carlos Ferreira de Melo Júnior
  • Gustavo Borba de Oliveira
  • Karin Esemann-Quadros

DOI:

https://doi.org/10.21726/abc.v9i4.1917

Resumo

Este trabalho objetivou evidenciar a interface entre o uso histórico de madeiras e a conservação de espécies florestais em Santa Catarina, tendo a Serraria dos Kohn, de meados do século XX, como objeto de estudo; a anatomia da madeira como método de identificação dos recursos florestais; e informações fitossociológicas como ferramenta analítica. Hipotetiza-se que o uso histórico e cultural de certas espécies de madeira contribuiu com o seu atual status negativo de conservação. Amostras de madeira foram coletadas de todas as estruturas construtivas da serraria e também do seu maquinário para a confecção de corpos de prova. As descrições anatômicas seguiram a terminologia proposta pelo IAWA Committee (IAWA, 1989), e a identificação baseou-se em laminário de referência, consultas a xilotecas e base de dados Insidewood. Foram identificadas cinco espécies de madeira pertencentes a quatro famílias botânicas: Aspidosperma australe (Apocynaceae, peroba), Centrolobium microchaete (Fabaceae, ariribá), Dalbergia brasiliensis (Fabaceae, marmeleiro), Handroanthus chrysotrichus (Bignoniaceae, ipê) e Ocotea porosa (Lauraceae, canela). Sugere-se que a utilização nas estruturas arquitetônicas da serraria reflita a perspectiva de uso dessas madeiras no passado e, portanto, pode ter contribuído com a redução das populações dessas espécies nas florestas que restaram após o ciclo da madeira em Santa Catarina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2022-12-14

Como Citar

Ferreira de Melo Júnior, J. C. ., Borba de Oliveira, G. ., & Esemann-Quadros, K. . (2022). Anatomia da madeira e história colonial como subsídios para a conservação da biodiversidade orestal: o caso da Serraria Kohn. Acta Biológica Catarinense, 9(4), 73–86. https://doi.org/10.21726/abc.v9i4.1917