Análise polínica de mel de abelha mandaçaia (Melipona quadrifasciata quadrifasciata Lepeletier) no Rio Grande do Sul, Brasil: monitoramento anual em duas localidades
DOI:
https://doi.org/10.21726/abc.v9i2.1673Resumo
Há poucos estudos polínicos de méis de abelha mandaçaia (Melipona quadrifasciata quadrifasciata Lepeletier) no Brasil e, principalmente, no Rio Grande do Sul (RS). Os dados melissopalinológicos são necessários para se conhecer interações das abelhas com a biota vegetal e trazer fidedignidade aos produtos de origem apícola e meliponícola. Visando avaliar as fontes florais de abelha mandaçaia ao longo de um ano e meio no RS, coletaram-se 46 amostras de méis em duas áreas da região leste do estado (26 amostras do município de Canoas e 20 amostras de Cachoeirinha). A análise polínica foi realizada com a metodologia melissopalinológica (material a fresco) sem uso de acetólise. Foram identificados 34 tipos polínicos, sobretudo de plantas arbóreas nativas. As amostras foram reunidas em cinco grupos pelo CONISS, denominadas Manda-1, Manda-2, Manda-3, Manda-4 e Manda-5. Os principais tipos polínicos com altas porcentagens nas amostras foram: tipo Myrcia, Eucalyptus sp., Mimosa bimucronata, Schinus terebenthifolia e Solanum sisymbriifolium. A porcentagem polínica das plantas variou entre os meses e estações do ano. A ocorrência de plantas nativas, especialmente arbóreas, próximo aos meliponários é importante, já que o pólen delas predominou nos espectros polínicos dos méis de mandaçaia na região leste do Rio Grande do Sul.