Chuva de sementes em dois fragmentos de mata atlântica com diferentes níveis de degradação na Região Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21726/abc.v8i3.1530Palavras-chave:
degradação florestal; restauração ecológica; síndrome de dispersão.Resumo
Este trabalho objetivou avaliar a chuva de sementes de espécies florestais em dois fragmentos com diferentes níveis de degradação na mata atlântica de Sergipe. O estudo foi desenvolvido em floresta estacional semidecidual no munícipio de São Cristóvão, SE. Foram delimitados um polígono na floresta aberta (de maior degradação) e um na floresta fechada (de menor degradação). Em cada polígono, alocaram-se dez coletores, e foram coletadas as sementes por 12 meses. Depois, os propágulos foram identificados em relação à espécie e classificados quanto a síndrome de dispersão, formas de vida e grupos ecológicos. Calcularam-se a densidade absoluta de sementes, a diversidade de Shannon e a equabilidade de Pielou. A floresta fechada apresentou dominância de propágulos das espécies Ficus clusiifolia, Cupania oblongifolia, Allophylus edulis e Myrcia tomentosa, que são zoocóricas, sendo fundamentais para a formação do banco de sementes e a regeneração natural. A retirada de madeira na floresta aberta reduz a quantidade de propágulos e aumenta o número de espécies não arbóreas na chuva de sementes. Portanto, o enriquecimento ou isolamento do fragmento são necessários. Duas espécies secundárias tardias apresentaram alta densidade de propágulos na floresta aberta, provavelmente originários de fragmentos mais preservados no entorno ou por dispersores específicos dessas espécies.