Pennisetum glaucum (L.) R. Br. vs. Mucuna pruriens (L.) DC.: efeito do cultivo de espécies de plantas não leguminosas e leguminosas sobre a comunidade de fungos micorrízicos nativos de solos arenosos
DOI:
https://doi.org/10.21726/abc.v7i2.148Palavras-chave:
Glomeromycota; milheto; mucuna-cinza; neossolo regolítico.Resumo
Plantas pertencentes a distintas famílias botânicas apresentam efeitos diferentes na composição da comunidade de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) nativos. Realizou-se um estudo para determinar a influência de duas espécies de plantas de cobertura – Pennisetum glaucum (L.) R. Br. e Mucuna pruriens (L.) DC. – sobre a composição da comunidade de FMAs nativos de solos arenosos da zona do brejo paraibano. Para tanto, os tratamentos foram dispostos em delineamento em blocos inteiramente casualizados, com dois tratamentos, três blocos e dez repetições. Observaram-se diferenças significativas entre as plantas de cobertura para o número de glomerosporos (t = 5,79, p < 0,05) e o índice de diversidade de Shannon (t = 5,31, p < 0,05). De forma geral, verificou-se que a comunidade micorrízica presente na rizosfera de P. glaucum apresentou índice de diversidade superior em 4,06% quando comparada com a comunidade micorrízica presente em M. pruriens. Por outro lado, encontrou-se maior número de glomerosporos (> 38,28%) no solo rizosférico de M. pruriens quando comparado com P. glaucum. Conclui-se que M. pruriens, pertencente à família Fabaceae, apresentou efeitos positivos nos processos de esporulação, enquanto P. glaucum, Poaceae, promoveu um ambiente mais propício para o desenvolvimento de uma comunidade de FMA mais diversificada.