Processo de domesticação do parasitoide nativo de moscas-das-frutas Doryctobracon areolatus (Szépligeti) em laboratório
DOI:
https://doi.org/10.21726/abc.v7i3.140Palavras-chave:
Braconidae; criação; parasitismo; Tephritidae.Resumo
A domesticação de espécies nativas de parasitoides em laboratório é de grande interesse, pois, como elas já estão adaptadas aos agroecossistemas brasileiros, sua liberação pode resultar em aumento de sua população em campo. Os objetivos da presente pesquisa foram estabelecer um processo de domesticação do parasitoide nativo Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1911) em laboratório e estudar aspectos do comportamento de parasitismo. Para iniciar o processo de domesticação, realizaramse coletas de frutos em pomares de áreas rurais, para a obtenção de espécimes de D. areolatus. A partir dos insetos obtidos em campo, foi iniciada a domesticação do parasitoide em laboratório. O processo de domesticação foi descrito, sendo mantida a criação de D. areolatus por cinco gerações. Avaliou-se a idade ideal das larvas hospedeiras para permitir a melhor porcentagem de parasitismo e a proporção de fêmeas na progênie. A maior proporção de larvas parasitadas e superparasitadas e o maior índice de parasitismo foram obtidos quando larvas de Anastrepha fraterculus de seis/sete dias de idade foram oferecidas às fêmeas de D. areolatus. A razão sexual não foi alterada com a idade da larva hospedeira. Discutiram-se os principais problemas na domesticação de parasitoides a partir de insetos obtidos em campo sobre outros hospedeiros.